De Cambira a São Manuel

Recentemente estava conversando com meu avô sobre as viagens que fez para São Manuel, sua terra natal, para visitar os parentes que lá viviam: avós, tios e primos. Cabe lembrar que seus pais migraram para o Paraná pois a família do cunhado de sua mãe Cezar Jorge haviam adquirido terras na franja pioneira. Na época ele, ainda jovem, vivia em sítio no patrimônio Santo Antônio, na zona rural de Cambira, próximo ao Ribeirão Marumbi, por onde viveu cerca de 25 anos, entre as décadas de 1940 e 1960. Em janeiro de 1954 foi inaugurada a estação ferroviária em Cambira, e esse era o itinerário até suas origens, estação a estação (podem haver imprecisões temporais): Cambira, Pirapó, Apucarana, Aricanduva, Arapongas, Ceboleiro, Rolândia, Cambé, Londrina, Ibiporã, Jataizinho, Frei Timóteo, Serra Morena, Uraí, Congonhas, Catupiri, Cornélio Procópio, Guapuruvu, Santa Mariana, Laranjinha, Ibiúna, Bandeirantes, Cinzas, Timburi, Andirá, Niepso da Silva, Meirelles, Cambará, Leoflora, Presidente Munhoz, Marques dos Reis, Ourinhos (já no estado de São Paulo, seguida pela E. F. Sorocabana), Canitar, Chavantes, Ipaussu, Luiz Pinto, Bernardino de Campos, Batista Botelho, Manduri, São Bartolomeu, Cerqueira César, Oliveira Coutinho, Barra Grande, Ouro Branco, Avaré, Quilômetro 367, Ezequiel Ramos, Andrada e Silva, Macedônia, Lobo, Miranda Azevedo, Paula Souza, Serra D’Água, até chegar a Rubião Junior, onde descia, na madrugada, para a baldeação. Essa estação existe até hoje, muito próxima à Unesp de Botucatu. Percorria, assim, mais de cinquenta estações:

Em Rubião Junior, deveria pegar a locomotiva da Sorocabana que vinha de São Paulo, da Estação Júlio Prestes, e que seguia pelo ramal de Bauru pelas estações de Toledo e Igualdade, até chegar à estação de São Manuel. Seguindo um pouco mais adiante, passava ainda a estação de Rodrigues Alves até chegar à estação Inácio Pupo, próxima da qual se localizada a fazenda Santo Inácio, onde vivia seu avô Nicola Cannone e sua família.

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